Instituto ainda não se manifestou sobre solicitação
Segundo a entidade, diversos estudantes relatam que suas notas estão erradas.
O Inep ainda não se manifestou sobre o caso.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, divulgou na quarta-feira (9) que as notas do Enem já poderiam ser acessadas, mas o anúncio ocorreu horas antes que o Inep finalizasse o carregamento dos resultados, frustrando alunos que buscavam suas notas nesta noite.
Muitos estudantes apontaram, na quarta, instabilidade na página do participante, onde é divulgado o resultado.
Em respostas a publicações da UNE e do governo nas redes sociais, alguns estudantes ainda reclamam nesta quinta-feira (10) de supostos erros nas notas das redações.
O resultado da prova seria divulgado na próxima sexta-feira (11), mas Ribeiro anunciou a antecipação em uma rede social.
“Um agradecimento especial à gestão e equipe do Inep que, mais uma vez, provaram ter competência, tecnicidade e o empenho para antecipar esse resultado tão aguardado por nossos estudantes”, afirmou o ministro.
“Queremos um posicionamento urgente do Inep e do MEC! Não basta ter feito as últimas edições do Enem serem as mais desiguais, o MEC insiste no descaso com os estudantes!”, publicou a UNE no Twitter.
A edição mais recente do Enem, a terceira sob o governo Jair Bolsonaro (PL), foi marcada por uma série de turbulências e controvérsias.
O presidente, que diz desejar uma prova com “a cara do governo”, chegou a pedir ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, para que houvesse questões que tratassem o golpe militar de 1964 como uma revolução, como revelou a Folha.
Às vésperas do exame, dezenas de servidores do Inep pediram demissão de cargos de confiança e denunciaram situações de assédio moral que sofreram para suprimir perguntas com temas considerados inadequados pela gestão do órgão.
‘Chega de usar os professores, os profissionais de educação apenas como uma massa de manobra político eleitoral. Está na hora de ações diret Pedro Ladeira – 4.fev.2022/Folhapress
As provas do Enem 2021 aconteceram nos dias 21 e 28 de novembro com o menor número de participantes desde 2014. Dos 3,1 milhões de inscritos, 930 mil não compareceram ao exame —uma abstenção de 29,9%.
Também foram aplicadas provas do exame em 9 e 16 de janeiro para quem não conseguiu fazer o Enem por problemas como falta de luz no local de aplicação e para um grupo que conseguiu isenção após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Estudantes privados de liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade também realizaram o exame em janeiro.
Fonte: folha.uol.com.br